Uma revolução, e mais do que isso, é uma revelação interior, que te tira da intempérie espiritual... É gentil, socialista, pelo amor de compartir, de socializar a palavra nova, de interessar-se pelo outro, sobre tudo se é diferente ou se sua voz não é escutada. É uma aventura poética, em um bosque falante. Não é quimera, não é moderna, não avança, volta ao ponto de partida. Será sempre a casa dos despossuídos, dos desamparados, dos que sofrem, que choram sem que ninguém escute, sejam humanos, animais, plantas, arte neolítica ou criaturas de qualquer reino. Com uma história comum, uma origem na mesma planta, nascemos na África, e somos filhos da Grande Madre. Viajamos através de diálogos com a Vida, dentro das línguas europeias, africanas, quechuas, guaranis, mas as obras bondosas são nosso canto… Neste presente, escutamos a Presença do presente. -
Qual é visão do movimento sobre o que acontece no Brasil nesses últimos anos?
- Não estamos surdos, nem separados da situação espiritual do Brasil. A ferida, o desgarro, ocorreu. Brasil é um sentimento nobre na Pachamama e foi machucado. Hoje mais do que nunca seremos a medicina que cria pontes, em que a vida de cada ser humano seja uma tentativa de reconstruir uma identidade verdadeira, latino-americana e socialista, deixando sair desde o fundo do coração o amor à Pachamama.
Qual é a mensagem de Nación Pachamama?
- Sejamos uma fraternidade sobre o vazio. Somos uma identidade que está nascendo! Nación Pachamama é uma fonte original de séculos de sonhos, que vem combatendo ao largo dos tempos contra todo o que se opõe aos ritmos cíclicos e naturais, livres e poéticos da Pachamama. Temos lutado através de milhões de heróis anônimos, poucos conhecidos e entre estes poucos, a grande maioria mártires. Nación Pachamama é uma ruptura que traz reconciliação, o retorno ao caminho grupal. Uma pergunta nos inquieta a cada dia: A verdadeira vida que levo é grupal ou individualista?